O elevador subiu até o último andar. As luzes internas refletiam nos olhos de Villano, calmo como sempre. Ura, ao lado, olhava em volta com curiosidade. Quando as portas se abriram, seus olhos se arregalaram.
— Uau…
O novo esconderijo era um apartamento moderno, espaçoso, paredes de vidro que exibiam Moscou em todo seu esplendor. Mesmo estando nos Estados Unidos. Móveis minimalistas, tons escuros e um leve aroma de madeira cara no ar. Não era o lugar de um criminoso comum. Era a toca de um lobo treinado.
— É mais bonito do que imaginei. — Ura murmurou, sem saber se estava aliviada ou mais assustada.
Villano não respondeu. Apenas guiou-a silenciosamente até uma cadeira robusta no centro da sala.
— Senta. — disse, com firmeza.
— O quê? De novo não! — ela protestou, mas não teve escolha.
Em segundos, estava outra vez amarrada. As mãos firmes dele enrolavam as cordas com calma assustadora. O olhar dele era escuro, calculista, como se estivesse pronto para um novo tipo de interrogatório.
—