Ela ainda estava ali, encostada na parede fria do box, com a água escorrendo como se tentasse apagar o fogo entre eles — em vão.
Dante não suportava mais apenas olhar.
O calor que o queimava por dentro... era insuportável.
Sem dizer uma palavra, ele moveu a maçaneta do box e entrou. A água começou a escorrer sobre seu corpo também, fazendo o tecido da calça colar na pele. Ele não ligou. Tudo o que via era ELA.
Ela o encarou, com os olhos arregalados e o coração disparado.
Ele estava tão perto agora. Podia sentir a respiração dele se misturar com a dela. O vapor preenchia o ar, envolvendo os dois em uma bolha de calor, desejo e perigo.
— Dante... — ela sussurrou, a voz embargada, mas sem afastá-lo.
As mãos dele se ergueram devagar... até os dedos tocarem a curva de seu rosto, passando pela mandíbula, pelo pescoço molhado. Desceram por seus ombros, traçando a linha dos braços até os pulsos.
Ela estremeceu inteira.
E então ele a encostou na parede com o próprio corpo. O