Todos olharam para ele de relance, mas ele fez um sinal dizendo que estava bem.
Seu corpo traía cada centímetro de autocontrole que jurava possuir. A respiração levemente acelerada. A gota de suor escorrendo discretamente pela têmpora. E os olhos — os olhos negros dele estavam mais escuros do que nunca.
Unirian, ainda em silêncio absoluto, sabia o que estava fazendo. Sabia que ele não se moveria. Que não reagiria. Que só sentiria. Porque ela o conhecia como ninguém.
Ele era o furacão que aterrorizava todos ao redor. Mas agora… era só um homem tentando resistir à mulher que amava.
Mais uma vez, ela ousou brincar com o limite dele. E foi nesse momento, quando seus dedos desafiaram o último fio do autocontrole dele, que a mão de Dante apertou a borda da mesa com tanta força que o som da madeira rangeu pela sala.
— Senhor Marchesi… — chamou outro sócio, preocupado. — Está tudo bem?
Ele ergueu o rosto, com a expressão carregada de tensão.
— Está.
Mas até sua voz soava como um rosnado abafa