Carolina
O restaurante era um daqueles lugares discretos onde o preço do almoço equivalia à prestação de um bom carro. A luz era suave, o som era um murmúrio polido de talheres e conversas baixas. Um refúgio perfeito para predadores.
— E pensar que Lucas, Angel e até mesmo Leonardo não deram as caras na empresa hoje… — comentei, mexendo distraidamente na salada diante de mim.
Iolanda sorriu satisfeita ao provar o vinho, erguendo a taça com aquele ar de rainha que nunca a abandonava.
— O silêncio deles é a música da nossa vitória. — Iolanda comentou, seus olhos faiscando com uma satisfação que me deixava profunda