A lua cheia prateada pairava sobre o santuário como um olho ancestral, observando em silêncio. A noite estava quieta demais — como se o próprio cosmos estivesse prendendo a respiração.
No centro do pátio principal, Scarlet gritava. Não de dor apenas, mas de poder. Suas marcas douradas irradiavam uma luz tão intensa que ofuscava as estrelas. Kieran e Rafael estavam a seu lado, cada um segurando uma de suas mãos, suas energias — luz e sombra — fluindo para ela como um rio de força vital.
— Quase lá, amor — Kieran sussurrou, tentando manter a calma, embora seus olhos prateados tremessem com ansiedade.
— Você é forte, Scarlet. Mais forte que qualquer um de nós — Rafael disse, suas sombras envolvendo-a como um manto protetor.
Lys conduzia o parto com mãos firmes e olhos brilhantes de intuição. Alaric, ao seu lado, preparava ervas e água, seu rosto sério, mas cheio de reverência. O ar cheirava a sangue, suor e flores noturnas — um aroma selvagem e sagrado.
— Agora, Scarlet! — Lys g