Evelyn

A mansão me engoliu de volta com aquele silêncio amplo que fazia cada passo meu soar mais alto do que deveria. Era como se as paredes estivessem me observando, tentando adivinhar em qual versão minha deveriam acreditar: a menina assustada, a mulher que Dante tocou ontem, ou essa mistura caótica que eu mal reconhecia.

Largar Dante ali, dizendo pra eu ir pra casa, foi como voltar ao mundo real sem aviso. Uma hora ele estava com os braços firmes na Katherine, como se o corpo dele já tivesse decorado o dela. Depois estava comigo, tão perdido quanto eu, como se o chão tivesse sumido debaixo dos nossos pés. E agora… agora eu estava sozinha.

Empurrei a porta da sala e encontrei a sra. Collins ajeitando umas flores num vaso. Ela levantou os olhos, e o rosto dela abriu aquele sorriso maternal que sempre parecia um pouco cansado, mas sincero.

— Meu Deus, Evelyn… — ela colocou a mão no coração, rindo baixinho. — Essa cor de cabelo deixa você parecendo outra pessoa. Francamente, eu mal a