— HECTOR! — exclamei — Acenando com a mão, sem saber se queria um sorriso dele ou se preferia ir até lá e socá-lo de uma vez.
Ele se virou, passando o antebraço pela testa suada. E então, quando me viu, aquele sorriso surgiu no mesmo instante—fácil, aberto, como se nada no mundo pudesse derrubá-lo. Como se eu não tivesse passado a última semana inteira remoendo tudo.
O moreno veio na minha direção com passos largos, sem hesitação.
— Ayla?! — Os olhos dele se arregalaram, e, em um segundo, a expressão mudou. Preocupação. — Que diabos você tá fazendo aqui? Você tá bem? A febre passou?
Falso.
Revirei os olhos, cruzando os braços. A febre tinha ido embora, mas a raiva? Essa ainda tava aqui, firme e forte.
— Senti tanto a sua falta… — Ele disse, com aquela entonação estranha que eu não conseguia entender. — Você sumiu. Uma semana inteirinha sem dar as caras.
Os olhos dele desceram pelo meu corpo, observando cada detalhe, como se procurasse algum sinal de que ainda não estava 1