Ele soltou um riso leve, cheio de vida, e, sem perceber, um sorriso se formou nos meus lábios.
Como não amar esse menino?
Ele era tudo pra mim. Minha salvação. A luz que coloriu a escuridão.
— Minha nossa, olha esse tamanho! — Ângela arregalou os olhos, levando a mão à boca. — Tá comendo o quê, hein? Fermento?
Ele nem pensou duas vezes. Segurou a barra da camiseta e levantou, todo orgulhoso, exibindo a barriguinha estufada.
— Eu como muito, tia Angela! — falou tudo sério, como se isso fosse a maior conquista da vida. — Brócolis, cenoura, tudinho! Porque eu quero ficar forte… igual o tio Hector. Ele é muito legal!
Todo mundo caiu na risada. Eu ri também, meio no automático, ajeitando uma mecha de cabelo que teimava em cair no meu rosto… até sentir.
Sabe aquele incômodo estranho, aquela sensação de que tá sendo observada? Pois é. Meus olhos foram sozinhos, meio sem querer — ou querendo, vai saber —, até encontrarem os dele.
Ele tava de braços cruzados, sorrindo aquele sorriso… aquele m