Durante algumas semanas, Prila manteve contato constante com Janice, Belly e Derek pelo W******p. As conversas variavam entre piadas, compartilhamento de músicas, histórias do dia a dia e, claro, provocações discretas de Derek, sempre no direct dela. Cada mensagem era um fio conectando-os, deixando Prila ansiosa pelo próximo fim de semana.

Na sexta-feira à tarde, Prila finalmente fez sua mala. Ela iria passar o fim de semana em Memphis, na casa de Janice, para aproveitar a festa de rock que ocorreria no sábado à noite.

Prila chegou à casa de Janice na tarde de sexta-feira e foi rapidamente apresentada à mãe e aos dois irmãos dela. Foram cumprimentos rápidos, sorridentes e cordiais, mas nada prolongado — tudo muito casual, o suficiente para ela se sentir acolhida.

Quando subiu para o quarto que seria seu refúgio no fim de semana, Prila sentiu um friozinho na barriga. Nunca tinha ficado na casa de alguém que não fosse da família, e se permitiu alguns minutos de reflexão: como seus pais haviam permitido que ela saísse assim, tão longe, apenas para se divertir com amigas? Um sorriso silencioso surgiu no rosto dela — estava feliz por eles confiarem nela e deixarem que ela experimentasse essa liberdade.

Janice logo bateu na porta:

— Pronta para sair? — disse, animada. — Mas antes, vamos jantar na lanchonete com a Belly.

Prila desceu com Janice, e as três amigas logo se encontraram. Entre risadas e cumprimentos, começaram a conversar sobre tudo: os gatinhos que cada uma tinha, as experiências nos cursos que estavam fazendo, as novidades do dia a dia.

Foi então que Janice soltou, com um suspiro:

— Ai, Pri… tem um cara que gosto, mas parece que ele nem percebe que existo…

Belly imediatamente deu um tapinha no ombro dela:

— Isso é clássico, Janice… você precisa se valorizar, amiga.

— Sério — Prila interveio, rindo — às vezes a gente precisa ouvir conselhos de amigas. Não fique tão na dúvida, você merece atenção!

Entre risadas, conselhos e provocações, elas começaram a tomar drinks, a curtir o momento. Prila sentia-se cada vez mais à vontade, experimentando aquela sensação nova de liberdade, de estar longe dos pais, sem pressões ou regras da cidade pequena.

Prila despertou com o coração acelerado. Hoje seria um dia diferente de tudo que ela já tinha vivido. O som da porta sendo batida a tirou de seus pensamentos: Janice estava lá, animada.

— Bom dia, Pri! — chamou Janice. — Vamos nos apressar! As bandas começam às oito, precisamos chegar cedo para garantir um bom lugar na frente do palco. Meu lugar sempre vai ser ali!

Prila sorriu, sentindo a energia da amiga contagiar seu próprio corpo. Após o café da manhã rápido, Janice sugeriu:

— Vamos passar no salão antes de tudo. Quero dar um trato no cabelo, e você pode me fazer companhia.

O salão ficava próximo à casa de Janice. Como ela já conhecia a dona, a recepção foi calorosa, e Prila se sentiu imediatamente confortável. Sentou-se, observando Janice se cuidar, admirando o jeito confiante da amiga.

— Agora é a sua vez, amiga — disse Janice, quando terminou. — Vamos fazer seu "Glow-up"

Prila piscou, curiosa, mas deixou que Janice a guiasse. O processo foi divertido e relaxante, uma mistura de risadas, conversas sobre bandas, música e expectativas para a noite. Ela nunca tinha passado por algo assim, toda a atenção voltada para se sentir bonita e confiante, e isso a deixava ansiosa de um jeito delicioso.

Depois do salão, foram para uma loja de roupas próxima. Janice queria escolher um look especial para a festa, enquanto Prila apenas observava, rindo, já que não precisaria comprar nada — pegou algumas peças emprestadas da mãe, que tinha um guarda-roupa generoso. Ainda assim, participar da escolha das roupas e provar diferentes combinações era parte do ritual, e Prila adorava a sensação de novidade.

Às seis horas em ponto, as amigas começaram a se arrumar. Prila escolheu um look bem rock’n’roll: uma calça de couro preta, um coturno de salto alto e uma blusa com transparência na frente do seio, deixando à mostra de forma sutil as linhas do corpo. O conjunto valorizava suas curvas, deixando-a ao mesmo tempo feminina e fatal.

Ela ajeitou os cabelos cacheados, deixando-os soltos, passou um delineador preto marcante e finalizou com um batom vermelho intenso. Cada detalhe reforçava a sensação de poder e confiança que Prila sentia ao sair daquele mundinho protegido que sempre teve.

Janice, por sua vez, optou por um look mais despojado, mas igualmente estiloso: um short, meia-calça, coturno e uma camisa do Pink Floyd, sua banda favorita.

— Pronta para arrasar? — perguntou Janice, rindo ao olhar para a amiga.

— Sempre pronta — respondeu Prila, admirando-se no espelho e sentindo o coração disparar

Prila olhou para o reflexo no espelho, sentindo uma mistura de nervosismo e excitação. Era tudo muito novo: sair do seu mundo habitual, cuidar de si mesma, explorar um estilo diferente e compartilhar cada momento com amigas tão próximas.

E assim, com o cabelo impecável, roupas escolhidas e o coração acelerado, Prila se sentiu finalmente pronta para a noite que se aproximava.

Já arrumadas, Prila e Janice entraram em contato com Belly para confirmar o horário em que ela iria, garantindo que todas pudessem se encontrar e curtir a noite juntas. O pai de Bellyl se encarregaria de levá-la ao pub, enquanto Janice e Prila planejavam ir de ônibus.

— Beleza, então? — perguntou Janice, animada. — Assim conseguimos chegar todas juntas.

— Perfeito — respondeu Prila, sorrindo, sentindo a ansiedade crescer.

Após a confirmação, elas desceram da casa e se dirigiram ao ponto de ônibus. O veículo que pegariam sairia às 19h10, e ambas aproveitaram os minutos de espera para conversar e rir, sentindo a energia da noite se aproximando.

Quando chegaram ao pub, às 19h30 em ponto, puderam ver o movimento já começando a aumentar. Luzes, música distante e o cheiro de comida e bebida no ar criavam a atmosfera perfeita para o que viria a seguir. Prila respirou fundo, segurando a mão de Janice por um instante antes de entrar. A expectativa de curtir a festa, estar com as amigas e, inevitavelmente, reencontrar Derek fazia seu coração bater mais rápido.

Chegando ao pub, Janice novamente apresentou Prila para várias pessoas. A jovem ficou surpresa ao perceber o quanto Janice era conhecida e querida por todos ali. Cada pessoa com quem ela falava parecia sorrir naturalmente para Janice, como se fosse impossível não gostar dela.

Prila se encantou com a energia da amiga: espirituosa, animada, alegre e divertida. Era impossível não se sentir envolvida pelo carisma de Janice, e Prila se viu sorrindo a cada gesto e risada da amiga.

Durante os primeiros minutos, Prila conheceu várias pessoas importantes do local, fez novas amizades e começou a sentir que estava realmente inserida naquele ambiente vibrante e animado.

Logo depois, Janice puxou Prila para o bar:

— Vamos pegar nossas cervejas — disse, animada — e depois corremos para o palco!

Com as bebidas nas mãos, elas se dirigiram rapidamente para o palco, onde a música já começava a encher o pub. Janice, empolgada, puxou Prila para dançar. A energia da multidão, o som alto das guitarras e a adrenalina de estar ali fizeram o corpo de Prila reagir automaticamente.

No palco, Janice puxou Prila para dançar, e a adrenalina tomou conta do corpo dela. Ela se deixou levar pelo ritmo, sentindo a vibração da música percorrer cada célula do seu corpo.

Enquanto dançava, Prila observou o DJ e, sem pensar muito, fez um pedido:

— Pode tocar uma música da Man At Work? — disse, sorrindo. Era uma das suas bandas favoritas, e ela queria ouvir algo que realmente a conectasse à energia da noite.

O DJ assentiu e, poucos segundos depois, as primeiras notas da música começaram a tocar pelo pub. Prila sorriu, sentindo-se completamente imersa na festa. A combinação de luzes, som e presença das amigas ao seu lado a deixava ainda mais confiante, viva e conectada com aquele momento.

Janice, animada, continuou dançando ao lado dela, e Prila percebeu que, apesar de todas as novidades, a música e a companhia das amigas tornavam tudo mágico e inesquecível.