O silêncio reinava na mansão quando Hérus surgiu no salão principal. Sua expressão era grave. Os olhos percorreram os rostos à sua frente: Cléo, Josy, Nick, Day, Jace e os demais. Todos pareciam sentir a mudança no ar.
— Preciso que todos permaneçam atentos, mas que não me interrompam — disse ele, com voz firme. — Vou conversar com a Lisanne agora. É hora de contar tudo o que ela precisa saber — menos o nome de quem a atacou na catedral. Espero que todos colaborem com esse ponto. Ela tem o direito de saber, e Lian tem o direito de mostrar que pode mudar.
O clima se tornou ainda mais denso. Cléo assentiu com seriedade. Day cruzou os braços, preocupada. Josy respirou fundo. Lian, escorado à parede mais afastada, manteve-se calado. Mas ao ouvir aquilo, ergueu os olhos, atentos.
A biblioteca estava mergulhada em penumbra, iluminada apenas pela luz oscilante da lareira. A madeira estalava com suavidade, e o cheiro de cera derretida e pergaminho envelhecido preenchia o ar com uma atmosfera