A noite se espalhava pela mansão quando Lian e Nick atravessaram o corredor silencioso em direção à biblioteca. O som ritmado dos passos ecoava sob o teto alto, abafado pelo tapete central, mas ainda forte o bastante para ressoar nas paredes. O ar cheirava a cera de vela e madeira antiga, e a ala leste parecia mais fria que o restante da casa.
Antes de chegarem à mesa central, Hérus já os aguardava à porta da sala menor ao fundo — um espaço reservado, onde só entravam assuntos que não podiam ser tratados diante de todos.
Lian trocou um olhar rápido com Nick, um aceno quase imperceptível que dizia o que nenhum dos dois precisava falar: aquilo não era uma conversa comum.
A sala tinha estantes baixas cheias de registros, mapas enrolados e um grande painel de madeira coberto por marcadores metálicos. O cheiro de tinta fresca e pergaminho misturava-se à fumaça de candelabro, projetando sombras longas sobre o mapa.
Hérus ergueu o rosto assim que entraram. O olhar era o de quem avalia a