MILDRED

Supliquei em pensamento para que Morpheus fosse real. Se não fosse ele ali parado, eu não sabia o que fazer. Eu deveria ter aprendido as técnicas de luta que ele me ofereceu. Fui uma tola por viver com tanta imprudência e agir por impulso. Morpheus era mais velho e experiente do que eu, e eu deveria tê-lo ouvido. Se ao menos eu conseguisse escapar dessa, eu lhe diria o quanto ele esteve certo. Mas desejar não era o bastante.

Os homens me arrastaram para longe da multidão e me levaram até o mercado vazio. Continuei resistindo enquanto Marcus me jogava sobre os ombros e, antes que eu entendesse o que estava acontecendo, fui atirada numa carruagem. Sebastian foi controlar os cavalos, enquanto Marcus entrou comigo.

— Me solte! — Gritei para Marcus, batendo nele em praticamente todo lugar possível, mas seu aperto em mim não afrouxou. — Morpheus, Morpheus, por favor, me salve. — Implorei.

Quando consegui olhar pela janela da carruagem, vi a silhueta de um homem a poucos metros de dis