Antonella
A manhã estava estranhamente quieta pra mim. Eu sempre achei que silêncio fosse paz, mas hoje ele parecia me arrancar algo de dentro. O céu estava cinza, mas não era o tipo de cinza de chuva… era um cinza de presságio. E eu sentia. Como se algo estivesse errado, não no mundo, mas em mim.
No carro, sigo para a sede da Sweet Dreams, senti um aperto estranho no peito. Não era saudade, não era ansiedade. Era medo. Um medo que não tinha rosto, nem nome. Apenas medo.
Peguei o celular, quase sem querer. A última mensagem de Alonzo ainda estava aberta. A mensagem que ele enviou assim que saiu da mansão.
— “Eu te amo, coelhinha. Vou amar mesmo que a minha mente esqueça, porque meu coração é incapaz de deixar de amar você.”
Eu sorri quando ele enviou. Porque ele iria repetir aquilo olhando nos meus olhos na cama mais tarde. Ele me beijou com calma antes de sair, como quem queria guardar meu gosto antes de um dia cheio. Ele me olhou como olha quem ama de verdade. Sem exagero, só nós. S