Alonzo
O tempo parou. Três dias. Setenta e duas horas. Quatro mil trezentos e vinte minutos.
E eu não faço a menor ideia de onde ela está. Nenhuma pista. Nenhuma ligação. A cada vez que meu telefone toca, meu coração dispara. E quando percebo que não é ela, o peso volta e eu fico mais perto de enlouquecer.
A polícia diz que está fazendo o possível. Axel tenta me manter respirando, controlado, mas não consegue. Nem eu consigo.
— Você precisa comer alguma coisa, Alonzo — Axel diz, colocando um prato sobre a mesa.
— Eu não vou comer enquanto não souber se ela está comendo. — Eu falo sem olhar.
Ele suspira, arrasta a cadeira e se senta ao meu lado. Ele conhece bem minha teimosia.
— Você acha que ela quer te ver desse jeito quando voltar?
— Primeiro eu preciso saber se ela vai voltar. Merda, ela precisa voltar.
Ele fecha os olhos, e eu vejo meu melhor amigo com medo. Não posso fingir que está tudo bem, não consigo ser frio a esse ponto. De qualquer jeito não tenho fome, tenho saudades e t