A porta se abriu, e uma brisa de jasmim invadiu a sala. Alinna parou no limiar, as asas tremulando levemente. Seus olhos verdes percorreram o grupo até pousarem em Ordan — e então, algo estranho aconteceu.
Ele estava imóvel, os dedos cravados no braço da cadeira.
—Alinna?– Sua voz saiu como um sopro.
Ela franziu a testa.
—Eu... conheço você?
Ordan fechou os olhos, como se a dor fosse física. Ágata ergueu uma mão cautelosa.
—Alinna, esse é Ordan. Ele... é médico e ajudou a gente .
A fada estendeu a mão para cumprimentá-lo.
Ordan congelou.
Memórias o invadiram como uma avalanche. Ele a viu novamente, empunhando uma espada na floresta, rindo ao seu lado, treinando juntos, colhendo ervas. Mas também viu a prisão e a morte dela, sentiu outra vez o desespero daquele dia em que ouvia que ela havia sido morta pelo pai dele.
Ordam calculava suas palavras para não ser rude, mas ele abriu a boca e nada saiu.
— Boa noite — disse Alinna, sua voz suave.
Aquela voz arrancou O