A noite parecia se arrastar, Andromeda admirava o breu no quarto se recusando a fechar os olhos, ela lutava contra o sono. Não queria dormir e esquecer o que tinha acontecido, Ela nem se lembrou de tudo e se dormisse ia se esquecer do que aconteceu hoje.
Mas o passado não precisava de convite para invadi-la, muito menos de olhos fechados e de repente, ela se viu ali outra vez.
O salão de mármore branco. As tapeçarias douradas tremulando com a brisa celestial.
Andrômeda, ainda uma jovem sacerdotisa, vestida de azul claro, quebrava a maior de todas as leis: atravessar o véu para ver Kael, o demônio que não deveria amar.
Ela tocou o portal proibido e sentiu o frio percorrer sua espinha, o medo de tudo que viria depois quase a fez mudar de ideia.
Mas do outro lado, Kael a esperava. A aura negra dele contrastava violentamente com a sua, ele e seus olhos — aqueles olhos que carregavam o sol — a faziam esquecer de qualquer punição futura.
Ela correu para ele.
Foi ela quem