Auriel Pov
Sou interrogada por horas que parecem não ter fim, e a imagem do corpo inerte da minha colega permanece vívida na minha mente, como uma sombra que se recusa a dissipar.
“Você está liberada, senhorita Auriel,” declara um dos policiais, com um tom profissional que beira o indiferente. “Entraremos em contato caso surjam mais perguntas.”
Minhas pernas quase vacilam de alívio ao ouvir isso, mas o sentimento é rapidamente substituído pela incerteza.
“Eu posso voltar para a minha loja?” pergunto, com uma voz hesitante que mal reconheço como minha.
Mal tive tempo de saber o que mais levaram além do grimório da minha mãe e o assassinato da minha colega. Os policiais se entreolham e negam com a cabeça.
“A loja é um local de crime,” responde um deles, com a mesma neutralidade fria. “Até que a gente faça a vistoria completa, é proibido a entrada de civis. Avisaremos quando ficar liberado.”
A declaração atinge como um soco, mas estou exausta demais para reagir. Minha loja, meu único mei