Auriel Pov
“Aqui será o seu quarto,” Elowen anuncia com uma empolgação tão evidente que chega a ser contagiante, seus olhos brilhando com um entusiasmo que contrasta com minha tensão.
O cômodo é quase o dobro do tamanho da minha loja, muito bem decorado e com uma linda vista para o jardim do castelo.
Ando até o centro do quarto, tentando absorver cada detalhe, mas a riqueza de informações é esmagadora. Meu coração acelera. Tudo isso me faz sentir ainda mais deslocada. Sou uma intrusa, alguém que claramente não pertence a este mundo de opulência.
Sem querer, tropeço, perco o equilíbrio momentaneamente e esbarro na mesa de centro. Um vaso com um arranjo de flores balança e, em um segundo, cai no chão, derramando pétalas e água pelo tapete.
“Merda!” murmuro, nervosa, enquanto me apresso para recolocar tudo no lugar. Meu rosto arde de vergonha.
“Você é bem desastrada, não é?” Elowen comenta, soltando uma risada suave que ecoa pelo quarto. Há algo genuinamente amigável na forma como ela ri