Thorne
O covil do meu falecido tio Drave é o mesmo local onde o grimório da Auriel havia sido localizado. Essa revelação me atinge como um raio, uma onda de choque e incredulidade que faz meu coração disparar, o sangue pulsando em minhas têmporas com uma força que quase me cega. Se Auriel e Darius estão presos aqui, o ladrão do grimório está ligado aos rebeldes, e essa conexão acende uma chama de raiva e confusão em meu peito, misturada com um medo profundo de que o tempo esteja se esgotando.
O penhasco à nossa frente, que desce abruptamente até o mar, parece mais íngreme, suas bordas irregulares convidando à destruição, um abismo que sussurra promessas de morte. Diferente da última vez que estivemos aqui, não há barreira mágica, apenas um vazio exposto, como se o lugar tivesse sido abandonado à própria sorte, suas defesas desmoronadas, deixando uma vulnerabilidade que faz meu estômago revirar.
“Nunca pensei que voltaria aqui de novo,” papai diz, sua voz sombria, carregada de um peso