Thorne
A recepção do hospital, com seu ar estéril e frio, está quase vazia, mas as poucas pessoas ao meu redor exalam a mesma aflição que consome meu coração, seus rostos tensos refletindo a angústia que pesa em meus ombros. Olho ao redor, tentando distrair minha mente do turbilhão de medo e culpa que me engole, cada detalhe do ambiente — as cadeiras de plástico desgastadas, o murmúrio baixo de vozes, o cheiro de desinfetante que irrita minhas narinas — apenas amplificando a ansiedade que faz meu peito apertar.
Será que essas pessoas também estão aqui, orando aos deuses para salvar seus entes queridos, suas esperanças penduradas em fios frágeis como a minha? A incerteza sobre Auriel é uma corrente que me puxa para baixo, cada segundo sem notícias é uma tortura que faz meu estômago revirar. Olho novamente para meu relógio de pulso, o tique-taque incessante marcando duas horas de espera, e a ausência de respostas alimenta o desespero que queima em meu peito, uma chama que não consigo ap