Auriel
“Isso não... isso não é possível,” gaguejo as palavras com incredulidade. Elas saem trêmulas, quase sem som, como se a minha própria voz se recusasse a aceitar o que ouve. Meus lábios se movem, mas a garganta aperta e o ar parece não querer sair.
A sensação de irrealidade me invade por completo, como se o chão sob meus pés estivesse prestes a desaparecer.
Encaro Darius e Kim, e nenhum dos dois parece concordar comigo. O olhar deles é sólido, convicto, tão distante da minha confusão que me sinto pequena, deslocada, quase infantil diante daquela certeza.
Kim exibe uma expressão de impaciência que me atravessa como uma agulha. O olhar dela é duro, irritado, como se eu estivesse atrasando um plano importante.
Já Darius, ele permanece calmo, o rosto pacificamente sinistro, uma serenidade que me causa mais medo do que qualquer explosão de raiva. Ele observa tudo com a confiança de quem acredita ter o destino nas mãos.
“Ah, é sim, minha querida. É totalmente possível,” Darius responde