— Aí está você!
Samuel se levanta no sofá e abre os braços para me receber. Pulo em seu abraço e meus pés saem do chão por um instante, a bolsa cai no nas almofadas. Ele sempre tem um cheiro gostoso de café com especiarias e talvez, uísque. Deve ser porque os dois estão bebendo.
A família Coltrane é um bando de loiros encaracolados com sorrisos brancos enormes e terninhos de linho claros e tio Sam não é diferente: mais de 1,90cm de altura, uma boa camada de músculos sob a camisa branca desabotoada no pescoço e um relógio pesado e caro no punho. Ele é o sonho de muitas mulheres por aí, mas permanece solteiro desde a faculdade. Acho que nunca se envolveu seriamente com alguém, pois sempre que nos vemos está sozinho e o escuto conversar com papai sobre suas aventuras amorosas. Um garanhão cafajeste de primeira.
Sou colocada no chão e minhas bochechas doem de tanto sorrir. Gosto dele e não o via há meses, desde a última jogatina da costa italiana.
— Não acredito que está aqui! - Digo per