Ponto de vista: Enrico Bianchi
A memória da noite passada me atravessava como um raio. Nítida, quente, intensa.
As duas.
Beatriz e Giovanna.
Se beijando na minha frente.
Porra.
Aquilo destruiu qualquer fio de sanidade que eu pudesse ter. Qualquer pingo de controle, qualquer limite, qualquer senso de certo ou errado.
Quando vi a Giovanna puxando a Beatriz pela nuca, grudando seus lábios nos dela… eu perdi tudo. Todo o sangue do meu corpo desceu direto pro meu pau, pulsando, latejando, me deixando quase tonto de tanto tesão.
A maneira como elas se tocavam, se exploravam, como se me provocassem, mas, ao mesmo tempo, me convidassem… Meu corpo inteiro ardia, implorando, exigindo que eu tomasse o que sempre foi meu.
E eu tomei. Porra, se tomei.
Foram horas. Horas de gemidos, beijos, mãos, línguas, corpos entrelaçados, suados, famintos.
A pele da Giovanna. O gosto da Beatriz. A junção das duas.
Nunca vivi nada igual. Nunca imaginei que algo assim poderia sequer existir fora das minhas fantas