Ponto de vista de Máximo Bianchi.
Sete dias.
Sete malditos dias desde que aquela desgraçada apareceu no casamento da minha irmã jogando aquela bomba no colo da minha vida. Sete dias desde que levei um tapa que doeu mais na alma do que no rosto. E, pior de tudo… sete dias que a minha mulher, minha Serena, minha vida, sequer olha na minha cara.
Ela não sai do quarto. Não fala comigo. Não atende ninguém. Só recebe a médica, que vem duas vezes por dia pra acompanhar ela e o nosso filho. O NOSSO filho… que, agora, carrego o medo insuportável de não ser mais meu primogênito.
O nosso quarto virou uma fortaleza. Eu até tentei arrombar, mas o olhar de ódio dela atravessando a porta, as palavras cuspidas no dia do casamento, foram mais fortes que qualquer tranca. Eu sentei no chão, todas as noites, do lado de fora da porta, implorando. E ela? Silêncio absoluto.
O pior de tudo é a indiferença. Ela não grita mais. Não me xinga. Não responde. É como se eu não existisse. E isso... isso tá me destru