Ponto de vista de Máximo
O sol já entrava pela fresta da cortina quando senti o peso leve de Serena aninhada sobre meu peito. Seu cheiro, sua pele, seu corpo encaixado no meu... Tudo nela era meu vício, minha paz e meu caos ao mesmo tempo.
Passei a mão lentamente pelos fios dourados do seu cabelo. Ela dormia tranquila, mas seus cílios tremiam, como se até no sono ela sentisse que eu estava acordado, atento... por ela, sempre por ela.
Pensei em tudo que tínhamos passado. O sequestro, a dor, o medo, a raiva… e agora, ela estava aqui, inteira, minha. E juro por Deus, nunca mais ninguém a encostaria sem pagar com a própria vida.
— Amor... — Sua voz saiu manhosa, meio rouca de sono. — Tá me olhando há muito tempo, não tá?
Sorri. — E pretendo olhar pro resto da vida.
Ela sorriu, mordeu o lábio, e deitou mais no meu peito, se enroscando como se quisesse se fundir em mim. Meu coração apertou de um jeito que doía de tanto amor.
Ficamos assim alguns minutos até ouvirmos as vozes na parte