Ponto de vista: Serena
Eu ouvia seus passos pesados pela casa. Eles soavam como trovões, reverberando pelas paredes, como se a própria mansão sentisse o peso da tensão entre nós.
E cada passo dele só alimentava mais a minha fúria. A minha mágoa.
Odiava o que ele fazia comigo. Odiava o quanto aquele maldito mafioso me afetava. Odiava o quanto minha pele queimava, mesmo que eu desejasse odiá-lo.
Máximo Bianchi.
Meu marido. Meu tormento. Meu desejo mais sujo e mais proibido.
Na boate, quando o vi rodeado daquelas mulheres, rindo, bebendo, com aquele sorriso canalha e os olhos semicerrados, com aquele maldito olhar de predador, eu soube que tinha passado do meu limite.
Eu não ia mais aceitar ser a mulher que esperava. Que se calava. Que se submetia.
Ele que se explodisse.
Voltei antes dele pra casa. Entrei no quarto, tirei o vestido justo que comprei só para usar naquela maldita noite, aquele que marcava cada curva do meu corpo, feito sob medida para lembrá-lo que eu era dele. Er