Ponto de vista: Máximo
O cheiro dela ainda estava impregnado na minha pele.
O gosto, então… Díos… Eu podia jurar que minha boca nunca mais esqueceria aquele sabor.
Mas agora ela dormia. Linda, serena — irônico até —, enrolada no lençol, com o cabelo bagunçado e marcas minhas pelo corpo. Marcas que diziam que ela era minha. Só minha.
E foi exatamente esse pensamento que me deixou desconfortável.
Minha.
Porra. Eu não sabia o que me assustava mais: o fato de que eu estava, sim, me apaixonando por Serena Petrovic-Bianchi, ou o fato de que admitir isso parecia uma sentença de morte pra mim.
Levantei, vesti uma calça jeans qualquer, uma camisa preta aberta no peito, joguei a jaqueta de couro nos ombros e saí.
Covarde. É isso que você é, Máximo.
Mas não podia ficar. Não agora. Precisava espairecer, respirar… ou me perder no que eu conhecia bem: álcool, música alta e mulheres que não significavam absolutamente nada.
Peguei o celular e mandei mensagem pro Paolo.
"Na boate. Encontra eu e Luca l