Ponto de vista: Máximo Bianchi.
O salão estava impecável. Cristais pendendo do teto, luzes douradas refletindo nas superfícies polidas, música clássica preenchendo o ambiente, e dezenas de rostos conhecidos — alguns aliados, outros inimigos, disfarçados sob sorrisos e cumprimentos falsos.
Meus olhos? Não saíam dela.
Serena caminhava pelo salão como se não me devesse nada. A postura ereta, o olhar altivo, aquele vestido colado ao corpo parecia um segundo pedaço de pele — como se a provocação tivesse sido bordada junto com cada linha daquele tecido branco perolado. E aquele maldito decote nas costas, meu Deus…
Ela sorriu. Não pra mim. Pra todos, menos pra mim.
E como se o universo não achasse suficiente me testar, Isabella Moretti decidiu aparecer.
Alta, loira, corpo escultural, aquele vestido vermelho parecendo gritar para que todos olhassem. E ela veio. O olhar fixo em mim, aquele sorriso cheio de segundas intenções.
— Máximo... — Sua voz arrastada, quase um ronronar, enquanto deslizo