Capítulo 22 — Conflitos internos.

Ponto de vista de Paolo Esposito

O som dos meus próprios passos no cascalho parecia mais alto do que deveria. Ou talvez fosse só minha cabeça, tentando me alertar de que eu estava prestes a cruzar uma linha que jamais deveria ser ultrapassada.

De longe, escondido sob as sombras do jardim, meus olhos estavam cravados neles. Máximo e Giullia. Caminhavam lado a lado, como faziam desde que eram adolescentes — aquela conexão que só irmãos têm, forte, inquebrável, quase palpável.

Vi quando ele passou o braço pelos ombros dela, puxando-a pra perto, beijando-lhe a cabeça. E aquilo… porra. Aquilo me fez sentir um gosto amargo na boca. Não era ciúmes. Era culpa. Era medo. Era tudo misturado, bagunçado, apertando meu peito como um torniquete.

Que tipo de homem eu me tornei?

Desde quando… desde quando eu deixei isso acontecer? Desde quando ela deixou de ser só a irmã do meu melhor amigo… pra se tornar o epicentro do meu mundo?

A respiração pesou. As mãos suaram. E, pela primeira vez em anos
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