Cap. 31
Cap. 31
— Por favor, Valerius... ele é meu marido... tenho que estar ao lado dele! — insisti, afastando-me do toque de Valerius, que me soltou sem relutar.
— Tudo bem... me leva para o meu quarto. — Lúcios pediu, sem paciência. Percebi que ele nem sequer me olhava agora, como se eu também tivesse alguma culpa.
As rodas da cadeira motorizada rangiam levemente enquanto Valerius o empurrava para dentro do quarto escuro e silencioso. Fiquei do lado de fora. Lúcios, agora no quarto, estava quieto, mas sua expressão dura entregava o que ele tentava esconder. A janela entreaberta deixava entrar o som suave das folhas balançando, contrastando com o caos silencioso que habitava o homem imóvel diante da paisagem noturna.
Ele não dizia nada.
Sua mandíbula estava cerrada, o rosto levemente suado, os dedos das mãos parcialmente curvados, como se a qualquer momento fossem parar de obedecê-lo. Uma expressão de dor e fúria misturava-se em seu semblante com uma intensidade quase insuportável.
— Quer q