Cap. 32

Cap. 32

— Não vai adiantar. Mesmo que você queira, eu não quero aceitar você aqui. Preciso ficar sozinho. — Ele continuava a insistir.

— Marido, você deve estar com fome. Eu vou até a cozinha preparar algo, está bem?

— Se isso fizer você sair daqui, será ótimo. — Ele disse, de acordo, e ela correu para fora.

O silêncio era denso, quebrado apenas pelo som baixo da respiração irregular de Lúcios, sentindo a dor e os espasmos piorarem gradativamente. Ainda assim, ele tentava se manter sóbrio, mesmo que a dor fosse delirante.

Mantinha os olhos fixos no chão, os dedos tensos sobre o apoio da cadeira. Continuava tentando se mover, mas a cada minuto tudo parecia piorar. Após alguns minutos, Ângela estava de volta com uma bandeja, uma jarra de suco, algumas torradas, geleia em um pote minúsculo e um pouco espalhada em bandas de pão.

— Lúcios... — ela sussurrou, a voz macia, quase hesitante.

Ele levantou os olhos, e o olhar era afiado, orgulhoso, exausto. Como o de alguém que não estava feliz
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