Cap.136
Escondeu a seringa na blusa, colada ao peito, e começou a voltar, os passos leves, a respiração controlada. Seguiu a passos ligeiros em direção à sala onde Ângela estava.
Abriu a porta, mesmo hesitante, e se aproximou dela. O olhar em pânico, os lábios tremendo de medo. Afinal, sabia que aquele ato era mais do que apenas salvar Ângela — significava também matar algo que a própria queria proteger a qualquer custo.
— Desculpa, Ange… mas não posso deixar você morrer… — balbuciou, preparando-se para aplicar a seringa.
Mas Arthur entrou, flagrando-a ainda no ato. Ele a vira andando apressada pelo corredor e desconfiou, porque conhecia cada movimento dela — sobretudo os sinais das recaídas. Naquele momento, soube facilmente que aquela não era Kellen, mas sua personalidade mais perigosa. A que até ele temia. A única que Ângela parecia conseguir enfrentar.
— Kellen? — a pergunta veio com alarme contido. — O que está fazendo?
Por um segundo, a frieza a dominou por inteiro. Encarou o pa