Cap.137
Mike parou a cadeira por um instante, permitindo que as duas se olhassem. Angela estendeu a mão, apesar da distância.
— Você não precisa se afastar tanto. Pode descansar, cuidar de você. Eu não guardo mágoa nenhuma. Eu entendo que você não estava bem.
As palavras eram como um bálsamo. Kellen mordeu o lábio, hesitante, até que se aproximou devagar, os ombros tensos. Seus dedos trêmulos encontraram a mão de Angela e, por um instante, ficaram ali — calor contra calor.
— Eu sinto muito... — sussurrou Kellen, a voz embargada, o olhar baixo.
Angela apertou sua mão com delicadeza.
— Eu sei. E eu estou voltando ao laboratório para ver o andamento das coisas... para que, finalmente, possamos começar seu tratamento.
Kellen ergueu os olhos. Havia ali apenas uma pessoa cansada, vulnerável, mas com uma centelha de esperança que ainda não ousava acreditar.
Mike respirou fundo, aliviado em silêncio. Empurrou novamente a cadeira, guiando as duas.
Mike deixou Angela na entrada, entregando-a a