59. O DOMINGO NA CASA DE DONA LENA
O sol de domingo brilhava preguiçoso, iluminando a estrada ladeada de árvores que levava até a ampla casa de Dona Lena. A residência, cercada por um jardim florido e bem cuidado, tinha um ar imponente, mas ao mesmo tempo acolhedor, como se cada detalhe tivesse sido pensado para transmitir calor humano.
Quando Isabela chegou com os filhos, a idosa já estava à porta, sorridente, abrindo os braços para recebê-los.
— Finalmente vocês estão aqui! — exclamou, emocionada. — Olhem só como estão grandes, meu Deus! — Ela se abaixou com dificuldade, acariciando as crianças, uma por uma, como se quisesse guardar a imagem delas no coração.
Os pequenos, ainda tímidos, retribuíram com sorrisos e abraços desajeitados. Logo, porém, o jardim atraiu sua atenção. Era amplo, cheio de flores coloridas, árvores frondosas e até uma fonte de água no centro, que brilhava sob o sol.
— Mamãe, posso correr ali? — perguntou Gabriela, os olhos faiscando.
Isabela hesitou por um instante, mas Lena foi mais rápida.
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