58. O CONVITE DE DONA LENA

Naquela mesma tarde, o telefone da casa tocou. O som ecoou pelo ambiente como algo inesperado, interrompendo os pensamentos de Isabela, que ainda estavam presos àquela estranha tensão criada pelos filhos diante da figura de Leonardo na televisão. Ela correu para atender, limpando rapidamente as mãos no avental.

— Alô? — sua voz saiu suave, mas um pouco apreensiva.

Do outro lado da linha, uma voz calorosa e familiar respondeu:

— Isabela, querida! Aqui é a dona Lena, lembra-se de mim? A da floricultura.

Um sorriso sincero brotou nos lábios de Isabela, e os olhos marejaram de emoção. Aquela voz a transportou de volta aos meses difíceis da gravidez, quando estava sozinha e assustada, mas encontrou em Lena um apoio discreto, uma espécie de porto seguro.

— Dona Lena! Claro que me lembro. Como está? — disse Isabela, com uma alegria quase infantil.

— Melhor agora, ouvindo a sua voz, minha filha. — A risada suave da idosa soou como um carinho ao telefone. — Estou com tantas saudades de você e
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