Joguei a moeda. Ouvi o ploft na água.
Matteo me olhou, sério.
— Realizado?
— Ainda não. — respondi, e me aproximei.
O beijo foi suave no começo, como quem testa o terreno. Depois, mais firme, mais real. Suas mãos na minha cintura, as minhas no cabelo dele. Quando nos afastamos, ele sorriu.
— Melhor parte do aniversário?
— Definitivamente. — respondi, rindo.
Caminhamos de volta ao hotel de mãos dadas. Na porta, ele parou.
— Posso te ver amanhã?
— Pode. — disse, sem hesitar.
Ele me beijou de novo, leve, na testa.
— Buona notte, Letícia.
— Boa noite, Matteo.
Subi para o quarto e mandei uma foto para Andressa: eu na Fontana di Trevi, sorrindo de verdade.
A resposta veio em segundos, apesar de ser tarde no Brasil: “isso aí, garota! É assim que gostamos de te ver. Feliz 32.”
Deitei na cama, o teto girando levemente do vinho. Por mais que eu me esforçasse em pensar nos momentos bons com Matteo, Marcos não deixava a minha mente. E aquilo não podia mais acontecer.
Ergo o meu