Eu tinha prendido o cabelo em um coque elegante, fiz uma maquiagem simples e vesti o vestido preto. No carro, a caminho da Toscana, eu continuava no escuro.
— Ela... me expulsou. Me acusou de... de toda aquela merda. Por que agora?
Matteo deu de ombros, enquanto dirigia.
— A signora Sofia não me dá detalhes das coisas, apenas ordens. — ele busca a minha mão e a aperta levemente. — Mas tenho certeza de que ela se deu conta de que estava errada e voltou atrás.
O carro subia a estrada sinuosa entre os vinhedos, agora escuros sob o céu de novembro. O farol iluminava fileiras de videiras podadas, silenciosas, esperando o inverno. Eu apertava a bolsa no colo, o coração batendo no ritmo das curvas.
Chegamos à Cantina Bellavista. O estacionamento estava lotado — Ferraris, Audis, vans de imprensa. Luzes douradas escapavam pelas janelas altas do salão principal, e o som de uma orquestra pequena vazava pela porta aberta.
Matteo parou na entrada lateral.
— Vai. Eu fico aqui.
Desci. A br