Quando Andressa me ligou através de uma chamada de vídeo, onde ela e Marina usavam chapéu de festa e jogavam confetes pelo ar, eu estava aos prantos.
— Eu odeio ele! — grito, segurando meu cabelo com força. — Odeio!
O quarto do hotel em Roma era pequeno, com paredes brancas e uma cama de solteiro que rangia. Eu estava sentada na beira da cama, o rosto inchado de tanto chorar, o celular apoiado na mesinha de cabeceira.
Na tela, Andressa e Marina congelaram no meio do confete. Os chapéus de festa — rosa choque com pompons — pareciam ridículos agora. Andressa baixou a mão cheia de serpentinas, o sorriso sumindo.
— Letícia? — chamou Marina, inclinando-se para a câmera. — O que aconteceu?
Eu funguei, limpando o nariz na manga do suéter.
— Tudo. Tudo deu errado. — Minha voz saiu rouca, partida. — O Marcos... ele... ele é um Bellavista. As irmãs me expulsaram da Cantina... elas acham que eu sou cumplice do Marcos e me acusaram de tentar dar um golpe nelas.
Andressa arregalou os olh