Marcos, parado na soleira do chalé, me encarava ofegante, como se tivesse corrido uma maratona.
— Letícia... por favor. — disse ele, a voz baixa, quase um sussurro. — Me escuta.
Minha garganta apertou, e senti as lágrimas ameaçarem voltar.
— Mas que merda! — soltei um grunhido, virando-me e entrando no chalé, incapaz de suportar a visão dele por mais um segundo. — Você não deveria te vindo até aqui. Aliás, como deixaram você entrar?
Marcos fecha a porta, sem sequer deixar de me olhar. Eu podia sentir sua visão fuzilando minhas costas.
— Apesar de tentarem, meu sobrenome abre essas portas.
Parei, as mãos cerradas em punhos, e me virei para encará-lo.
— Seu sobrenome?
— Minha mãe te contou sobre meu pai. Você lembra? — claro que eu lembro da noite em que Marcos me apresentou Joana e ela se abriu, contando sobre ter descoberto ser a outra, quando Mark, o pai de Marcos, morreu. — Prazer. — ele estica a mão para mim. — Marcos Vinicius Bellavista.
O nome caiu sobre mim como uma