Quando terminou, o silêncio caiu sobre nós como uma onda. Nossos peitos subiam e desciam rápido, o suor misturando-se na pele. Eu me afastei, o rosto quente, os olhos marejados, a realidade voltando como um tapa na cara. Marcos me olhou, o rosto ainda tomado pela intensidade do momento.
— Letícia...
— Isso não muda nada — murmurei, enquanto puxava a blusa do chão e me cobria, tentando recuperar algum controle. — Já não bastava ter transado com o namorado da minha irmã, agora transo com o marido dela.
Marcos hesitou.
— Eu...
— SAI! — gritei, as lágrimas finalmente escapando, quentes e descontroladas. Ele se levantou, pegando suas roupas em silêncio e vestindo-as. Quando a porta se fechou atrás dele, eu desabei no sofá, o gosto dele ainda nos meus lábios, o calor de seu toque ainda na minha pele.
As lágrimas vieram com força, um choro silencioso que sacudia meu corpo. Como eu podia ter me deixado levar assim? Como podia ter cedido a ele, sabendo de tudo que ele fez, sabendo que el