O carro de aplicativo parou em frente à casa de Joana e eu desci do carro com pressa, caminhando rapidamente até a porta da frente. Eu sabia, por visitas anteriores, que Joana nunca trancava a porta durante o dia — um hábito que Marcos sempre criticava, mas que ela insistia em manter, dizendo que o bairro era tranquilo. Girei a maçaneta, e a porta cedeu com um leve rangido.
— Joana? — chamei, mas não houve resposta, apenas o som distante de um relógio de parede marcando os segundos. Fechei a porta atrás de mim e avancei pela sala. — Joana, sou eu, Letícia! Cadê você?
Um som abafado, como uma tosse fraca, veio do corredor. Corri até o quarto de Joana, a porta entreaberta, e a vi deitada na cama, o corpo encolhido sob um cobertor leve. Seu rosto estava pálido, os olhos fundos, e ela tossia com dificuldade, cada respiração parecendo um esforço.
— Joana! — Corri até a cama, ajoelhando-me ao lado dela. Toquei sua mão, que estava gelada, e senti um aperto no peito. — O que está acontecen