O som estridente do celular me arrancou de um sono pesado, como se alguém estivesse batendo um martelo dentro da minha cabeça. Gemi, os olhos apertados contra a luz que vazava pelas cortinas, a dor de cabeça pulsando como se eu tivesse sido atropelada por um caminhão. A tequila da noite passada — e as cervejas que vieram depois, pelo visto — cobrava seu preço. Tateei a mesinha de cabeceira, quase derrubando o celular, e finalmente consegui pegar o aparelho. Era uma mensagem de Andressa.
“AMIGA, MELHOR NOITE DA MINHA VIDA! Te conto tudo depois, rainha. Tô viva, e tu? 😜”
Eu ri, mas o movimento fez minha cabeça latejar ainda mais.
— Que ótimo, Andressa... — murmurei, a voz rouca, jogando o celular na cama. Foi então que me sentei, o mundo girando por um segundo, e percebi que estava apenas de lingerie. Olhei em volta, confusa, tentando montar o quebra-cabeça. Minha cama, meu quarto, tudo normal; exceto pelo fato de que eu não fazia ideia de como cheguei aqui.
Minha garganta estava