Marcos piscou, surpreso, o sorriso sumindo por um instante. Ele passou a mão pelo cabelo, antes de responder:

— Assim como eu estou aqui, Rayane pode estar em qualquer bar por aí, com amigas. Ou amigos. Eu não ligo. — pisquei repetidamente, sentindo a bebida me deixar por alguns segundos. — Exatamente o que aquela mulher que conversava comigo, é. Uma amiga. Marina é basicamente a minha melhor amiga. E lésbica. Tenho certeza de que ela e sua amiga baixinha, estão se pegando no banheiro nesse exato momento.

Eu pisquei de novo, pega de surpresa pela explicação. A raiva que queimava em mim vacilou, mas a tequila ainda zumbia na minha cabeça, me mantendo na defensiva.

— Bem, não muda muita coisa, não é? Você já contou a minha irmã o que faz para complementar o seu salário de engenheiro?

Marcos me encarou firmemente, o olhar endurecendo por um momento, sem o traço daquele sorriso torto que eu conhecia tão bem. Ele se virou para o barman, a voz cortante:

— Um uísque. Puro. — O barma