A manhã seguinte nasceu pesada.
O céu cinzento parecia refletir o clima dentro do Grupo Ayra.
O burburinho nos corredores não parava, e cada olhar que eu recebia era uma mistura de julgamento e curiosidade.
Eles queriam ver até onde eu aguentaria.
Queriam ver se eu cairia.
Lucas entrou na minha sala apressado, os olhos carregados de urgência.
— Joana, é pior do que pensávamos. Olga convocou uma coletiva. Ela vai apresentar novas provas contra Rafael.
Meu sangue gelou.
— Quais provas?
Ele hesitou, como se tivesse medo de pronunciar as palavras.
— Documentos internacionais. Movimentações bancárias ligadas a tráfico humano. Ela afirma que Rafael gerenciava bordéis fora do país.
Bati a mão na mesa, a raiva queimando por dentro.
— Isso é mentira.
— Eu sei. Mas… aos olhos da imprensa, vai parecer real.
Fechei os olhos por um instante, respirando fundo. Não era só uma guerra de bastidores.
Agora era pública, Olga queria destruir Rafael diante do mundo inteiro.
À tarde, fui chamada ao Ministé