Chuva de trovões e sangue

A tempestade estava piorando e o som de outra explosão fez a mansão tremer e Ariana começar a chorar nos braços de Dante.

Elena agora o olhava com medo e preocupação.

Nuvens densas, escuras como carvão, se acumulavam no céu, cobrindo qualquer vestígio de sol. A chuva despencava como uma sentença, pesada, ininterrupta, tamborilando nos telhados da mansão como se quisesse derrubá-la à força. Relâmpagos cortavam o firmamento em ziguezagues violentos, e os trovões faziam as paredes antigas do casarão vibrarem como um coração prestes a explodir.

Desviando os olhos de Elena, ele olhou mais uma vez para a porta, vendo a agitação de soldados lá fora, Dom Mascarado escutou o primeiro eco dos motores ao mesmo tempo que Mag e Firmino apareceram, cada um vestindo suas mascaras.

— Eles chegaram. — murmurou Dante, apertando Ariana em seu colo, como se o gesto fosse a proteger de todo o mau.

— Quem? — perguntou Ariana, virando o rosto e vendo Elena descer as escadas apressadamente. Os pés descalços
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