Priscila Barcella
Estava me divertindo tanto com o Liam e os amigos dele depois do futebol de sabão, que nem percebi o tempo passar. Era bom ver aquele sorriso leve no rosto dele, como se por algumas horas a dor tivesse tirado férias.
Foi quando o Felipe apareceu carregando uma caixa de dominó debaixo do braço, com aquele jeito de quem já vinha cheio de intenção.
— Quem vai encarar? — ele desafiou, levantando a tampa da caixa como quem revelava um tesouro.
— Eu vou — respondi de imediato, já me sentando em um dos bancos de madeira.
Liam riu e se aproximou, ainda secando os cabelos com uma toalha.
— Amor, escuta o seu marido... o Felipe manda muito nesse jogo.
Felipe deu um sorriso convencido e se sentou à minha frente.
— O Liam não mente. Ninguém nunca ganhou de mim. Eu sou o terror das rodadas de dominó do orfanato.
— Pois se prepare — comentei, pegando as pedras. — Porque hoje o terror vai ser você.
— Também vou jogar! — Vitória disse, animada, puxando um banco e se sentan