Liam Rodrigues
O fim de semana foi simplesmente perfeito — daqueles que a gente queria guardar numa caixinha e reviver sempre que possível. Mas, como tudo que é bom, ele também chegou ao fim.
O som das hélices do helicóptero anunciava que era hora de voltar. Embarcamos com o coração leve, mas com a mente já voltada para casa.
Durante o voo, Priscila olhava pela janela com um sorriso sereno. Não precisava dizer nada — a saudade dela das crianças era quase palpável.
Eu a conhecia bem o suficiente para perceber nos olhos brilhantes e no jeito inquieto das mãos o quanto ela queria tê-los nos braços de novo.
Assim que aterrissamos e o carro nos deixou em casa, ela mal esperou que eu abrisse a porta. Correu para dentro como quem volta para a própria alma.
— Papaizinho — a Belinha gritou, correndo na minha direção com os olhos cheios de lágrimas.
Ajoelhei no mesmo instante, abrindo os braços, e ela se jogou em mim com tanta força que quase me desequilibrei. Apertei aquele cor