Priscila Barcella
Depois de passar um tempo com a Nina, deixei-a com minha sogra e fui para o trabalho. Apesar de estar de folga, a campanha de Natal da perfumaria exigia minha atenção. Algumas coisas precisavam ser ajustadas, e eu queria adiantar o máximo possível.
Estava tão concentrada que quase pulei da cadeira quando a Josefa entrou na sala, equilibrando uma bandeja com comida.
— Está na hora de comer, menina — disse ela com aquele tom firme, mas cheio de carinho, enquanto colocava a bandeja sobre minha mesa.
— Eu ia almoçar com os outros... — comecei a explicar, mas ela me cortou com um gesto decidido.
— Só se for jantar! Já são duas da tarde, Priscila. Você precisa se cuidar também, sabia?
Suspirei, finalmente largando a caneta. — E a Nina?
— Está dormindo feito um anjo. E os outros já almoçaram. A Belinha e a Natália ainda não chegaram.
Josefa ajeitou a toalha sobre a bandeja e, depois de hesitar, disse:
— Não querendo fazer fofoca, mas aquela filha do Ramon... Ah, menina, ela