Priscila Barcella
Eu não conseguia parar de sorrir ao ver minha casa tão cheia. Era quase irônico: eu, que sempre detestei receber visitas, agora me sentia genuinamente feliz com o movimento, as risadas e a energia que enchiam cada canto.
O som das conversas, o tilintar dos copos, os passos apressados de uma sala para outra... Tudo parecia aquecer não só o ambiente, mas também algo dentro de mim que há muito tempo estava frio. Quando avistei Natália entre os convidados, mal pude acreditar. E o Liam? Ele parecia outra pessoa, tão à vontade e feliz, especialmente cercado pelos amigos.
As horas voaram. Entre petiscos deliciosos e goles de bebidas que pareciam não acabar nunca, rimos, dançamos e trocamos histórias. Max, em um dos seus surtos de gênio – ou louco –, trouxe um karaokê. Foi o auge da noite.
Cantei até minha voz ficar rouca, mas nada se comparou às gargalhadas que soltei com Rafaela. Quando está bêbada, ela se transforma: de séria e ponderada, vira alguém completamente espo