Daniel a olhou por um longo instante antes de soltá-la no chão. Os olhos dele tinham uma intensidade que a fazia esquecer do tempo, e quando a colocou de pé, Alice ainda sentia o calor das mãos dele em sua cintura. Estavam agora diante de um pequeno caminho de pedras, ladeado por arbustos cuidadosamente podados e trepadeiras floridas que subiam em arcos de madeira, criando túneis sombreados e perfumados.
“Vamos? Ainda tem muito o que te mostrar”, disse ele, oferecendo o braço.
Alice hesitou por um instante, ainda um pouco zonza do enjoo e da vergonha pelo tropeço, mas logo aceitou, enlaçando seu braço no dele. Sentiu-se menor ao lado dele, como uma dama prestes a ser conduzida por seu cavaleiro — e de certa forma, era isso que estava acontecendo. Eles seguiram por entre o jardim, e a cada passo o aroma de lavanda se intensificava, misturado ao perfume fresco da manhã.
Ao final do caminho, surgiu uma casa charmosa, feita de pedra e madeira, com janelas amplas e um alpendre florido. A f